Os tons da suavidade da pele do seu rosto parece oferecer-me um convite para o acariciar, é uma autêntica e inegável sedução para os meus dedos que anseiam por explorar cada centímetro. É uma textura tão delicada, tão lisa, que parece deslizar sob os meus dedos como seda ao vento. E quando conversa comigo, quando começa a falar, aquele rosto, aqueles dentes, a combinação de como ela meche a boca, sorri, e faz uma calma pairar, é como se uma sinfonia de palavras fluísse, sincronizada com o movimento gracioso de seus lábios jovens, macios e doceeeeeess.
Repito, seu semblante emana uma calma intensa, como se estivesse imersa em um oásis de tranquilidade em meio ao tumulto do mundo. Os dentes brilhantes dela, reluzem com a pureza de uma pérola recém-descoberta, enquanto sua voz, ah, sua voz… É um doce melodia que acaricia os meus ouvidos, envolvendo-me em um abraço sonoro.
Não consigo parar de imaginar, são as únicas coisas que consigo pensar, mergulhar em fantasias e contemplá-la. É como se cada pensamento, cada imagem, cada sonho encontrasse sua morada em minha mente, todos eles girando em torno dela como planetas em órbita ao redor de uma estrela brilhante. Talvez eu esteja a alucinar, talvez eu esteja drogado, talvez não, eu fecho os olhos e lá está ela, como uma miragem encantadora no deserto da minha imaginação.
É como se eu conseguisse visualizar todas as suas facetas, como se o universo conspirasse para revelar todos os seus segredos somente a mim. Eu consigo sentir, o céu escurecido como o desta madrugada, envoltos pelo frio como os desta madrugada, imagino-nos perdidos em algum recanto escondido, onde apenas nós dois existimos, entrelaçados como galhos de uma árvore solitária em meio à vastidão da noite.
É tudo tão estranho, essa dança que meu coração executa é tão surreal e completamente nova para mim, tem uma coreografia de sentimentos que me leva a questionar se já vivi o verdadeiro amor antes disso. É como se a admiração que sinto por ela se transformasse em uma obsessão, uma vontade avassaladora de realizar loucuras que nem mesmo o mais astuto dos loucos faria. É uma intensidade que me consome, que me devora até os mais profundos recantos da alma. Devo estar além da mera paixão; é como se eu estivesse navegando em águas desconhecidas, explorando os confins do amor como um pioneiro destemido.
Já até tentei convencer-me de todas as maneiras possíveis de que ela está comprometida, que seu coração pertence a outro, mas cada argumento que construo parece desmoronar diante da força avassaladora do que sinto. É um paradoxo, uma contradição tão profunda que me perco em meio às suas nuances. Tudo parece errado, mas ao mesmo tempo tão certo, tão inebriante que questiono se as normas morais têm o poder de domar os sentimentos que ardem em meu peito.
Em meio a esse turbilhão de emoções, questiono-me se estou vivendo em um mundo de ilusões, se meus sentimentos foram amplificados, como se eu estivesse preso em uma versão distorcida da realidade, um matrix onde apenas ela ocupa meu campo de visão. Talvez, no final das contas, seja uma batalha entre o que é certo e o que é desejado, entre as regras morais que tentam nos guiar e os sentimentos que clamam por liberdade. Ou talvez, apenas talvez, seja uma dança caótica na qual os passos do coração se entrelaçam com os ditames da consciência, onde o certo e o errado se misturam em uma sinfonia de sentimentos. E mesmo diante da proibição que paira sobre nós, sinto-me tentado a desafiar todas as convenções, a lançar-me de cabeça nesse abismo de desejo e paixão.
Lizzyman, um ser humano qualquer